Resenha de Planejamento
Começando pelos argumentos marxistas nos anos 1970, obras de Manuel Castells, David Harvey, Henri Lefebvre, forma os pioneiros críticos nesse contexto relacionado a pesquisa urbana. Castells e Harvey, promoveram uma espécie de desnaturalização da análise da produção do espaço urbano, estes autores historicizaram os problemas sociais manifestados na cidade, encarando o espaço urbano como produto social e os problemas urbanos como derivados das dinâmicas das relações de produção e a estrutura de poder na sociedade capitalista, soma-se a isto que os autores tinham algo em comum no que diz respeito ao planejamento urbano , de que este era um instrumento a serviço da manutenção do status quo capitalista, e isso revelou que nesse planejamento teria que sobreviver os moldes capitalistas mesmo que para isso, fosse necessário ir contra interesses imediatos de alguns capitalistas, contudo, eles recusam o planejamento.
Contudo, por mais que esses argumentos se encontrem enfraquecidos, não isenta os cientistas sociais críticos de uma análise de seu conteúdo, embora importante e revelador, contudo possui inconsistência lógica , e ele materializa este argumento na questão : porque excluir a possibilidade de um planejamento mesmo nos moldes de uma sociedade injusta, porém e se este planejamento contribuir de forma material e político-pedagógica para a superação da injustiça social? Ele salienta o papel do Estado que renova as formas de dominação.
Contudo, como seria possível ao planejamento contribuir dessa forma se o fator questão é a política e esta é personificada e comandada pelo Estado? Será que não ter-se-ia que mudar a própria