RESENHA DE PATRIOTA
PATRIOTA, L. MARIA. Sociolinguística. A gíria comum na interação em sala de aula. São Paulo: Cortez, 2009. No capítulo um, Patriota, inicia falando sobre o conceito de interação que está presente no Brasil desde a década de 20, com contribuição de Bakhtin (1922). Koch, Geraldi, Marcushi, Bakhtin, Kleiman, Rego, souzs & Silva e Cançado. E é na sala de aula o lugar mais propício para essa interação se dinamizar. No capítulo dois, conforme Patriota menciona Suassuna, Castilho, Generre e Fiorin, a variação linguística está ligada intrinsecamente as aparições diferentes do homem na coletividade. Isso contribuiu para tacharem a língua de pura e impura. Daí surgiu o fenômeno purismo, que por sua vez está associado a fatores socioeconômicos, políticos e ideológicos. O autor finaliza relatando sobre o uso da gíria, e que não é certo, anular ou tentar barrar o uso da mesma, por seus falantes, e acrescenta, o uso das gírias virou uma opção de interação nesse vasto mundo da linguagem. Durante o capítulo três, Patriota traz anotações, de professores, oriundas de uma pesquisa feita numa escola de Campina Grande – PB, a respeito da interação entre professor e aluno e o uso da gíria comum. Segundo o autor, percebe-se nas respostas de alguns professores, traços de um ensino tradicional, onde a hierarquia da escola acaba banindo o uso das gírias, padronizando uma linguagem formal que passa a vigorar em sala de aula. Essa concepção estimula vários preconceitos como o social, o religioso e o linguístico. Patriota, destaca ainda três modos diferentes de gírias, usados como interação nas falas dos professores em sala de aula: 1) usar a gíria como meio de aproximação entre professor e aluno; 2) chamar a atenção do aluno como no exemplo 8: “dá um tempo”, “se liga”. 3) a gíria como recurso didático para facilitar o entendimento do