Resenha De Em Busca De Sentido

Resenha de “Em busca de sentido”, Viktor Frankl

Robson Bezerra da Silva

Em Busca de Sentido, livro do psiquiatra austríaco Viktor E. Frankl, é o relato pessoal de quando ele esteve em campos de concentração da Segunda Guerra Mundial. Bem como uma introdução à Logoterapia. O livro se divide em três partes:
I - Em Busca de Sentido: Nela o autor narrara sua chegada ao campo de concentração de Auschwitz, assim como nos outros campos menores, até sua libertação ao final da guerra. É como prisioneiro, não como médico, que o autor nos apresenta suas lembranças. Mas é inevitável ele não analisar sob percepção do profissional. Frankl divide em três fases as "reações psicológicas do prisioneiro ante a vida no campo de concentração: a fase da recepção no campo, a fase da dita vida no campo de concentração e a fase após a libertação do campo” (pág. 8). Desde o ingresso ao campo de concentração até a saída, pela morte ou pela liberdade, questões existenciais tomam conta dos prisioneiros. E essa incerteza, se estariam vivos quando da libertação, atormenta mais ainda aqueles que não aprendem cedo a criar couraça diante dos sofrimentos. Logo a apatia e a insensibilidade emocional, bem como a indiferença tornam o prisioneiro insensível aos espancamentos diários ou a morte de um companheiro qualquer. Alimentando-se de sopa rala e dormindo amontoados, surge a irritabilidade e o desejo de solidão. É inevitável essa atitude num ambiente onde a morte está a todo instante dando o ar de sua graça. Sem contar que, o que deveria ser uma situação temporária, dada a esperança do fim da Guerra e o resgate pelas tropas aliadas, não tinha data para terminar, levando-os a uma "existência provisória". O mais impressionante são os mais variados sentimentos, ou artifícios psicológicos, que surgem no prisioneiro diante desse absurdo. Muitos conseguem vencer a situação com o humor; outros com os sonhos de liberdade; outros voltam seus pensamentos à pessoa amada, e recriam sua imagem; há também