No texto “Os sonhos são experiências?” do autor Daniel Denett ocorre uma discussão sobre os sonhos, se eles são ou não considerados experiências. Por um lado a “concepção aceita” defende que os sonhos são experiências que ocorrem durante o sono e que, podemos nos lembrar ou não ao acordar; sendo esses sonhos sensações, sentimentos ou impressões que ocorrem na consciência, por mais que aquele que sonhe esteja inconsciente. Por outro lado, Denett, colocando seu ponto de vista a respeito dos sonhos faz referencia a Norman Malcolm, que é contrário a essa concepção, afirmando que os sonhos não são experiências. No decorrer do texto Denett parece concordar com Malcolm quando ele afirma que os sonhos não são experiências e que as investigações empíricas do sono REM (períodos de movimentos oculares rápidos) não dizem respeito aos sonhos, preservando o que ele considera correto no verificacionismo de Malcolm e discordando dele em outros pontos. Isso deixa o texto um pouco confuso, todavia, entende-se que Denett não concorda com a “concepção aceita”, pois tem um propósito imediato, que é o de revolucionar a concepção aceita dos sonhos e introduzir uma nova concepção sobre a relação entre experiência e memória, incorporando uma teoria fisicalista da consciência. O autor relata uma teoria imaginária no texto a respeito do assunto, imaginando que os cientistas futuramente, guiados pela concepção aceita, pudessem isolar os mecanismos da memória responsáveis pela recordação dos sonhos e encontrar alguma forma de facilitá-los quimicamente ou inibi-los, Denett considera nos sonhos três processos, sendo eles o de apresentação do sonho, carregamento da memória e composição. O autor acredita que é a memória, no sentido de inscrição, armazenamento e recuperação de informações que possibilita o relato dos sonhos, então por mais que se admita que aconteça uma representação das imagens ou narrativas do sonho e que isso corresponda aos eventos neuronais durante o sono REM, é através da