RESENHA De Bezerra
BEZERRA, B. GOMES. Sociolinguística. Recife: UPE/NEAD, 2011. No capítulo I, Bezerra, cita o americano William Labov como o pai da sociolinguística. Ele deixa claro seu interesse no que diz respeito a variação linguística. O mesmo afirma que, assim como a língua portuguesa não é falada de uma única forma em todos os países que a tem como idioma, acontece no Brasil. As línguas variam não por serem complexas e sim porque os usuários em decorrência de um ciclo natural da vida em sociedade são complexos. No capítulo dois, de acordo com Bagno citado por bezerra, a variação linguística abrange a princípio todos os níveis gramaticais da língua. Essas variações estão presentes no léxico, na fonética, na morfologia e na sintaxe. Levando-se em conta o aspecto social, podemos observar que tais variantes ocorrem devido ao espaço geográfico, ou seja, local de origem do falante (variação diatópica), às classes sociais (variação diastrática) e relacionadas ao contexto no qual o falante se encontra num dado momento e a maneira que ele deve adequar seu discurso (variação diafásica). Durante o capítulo III, o autor relata que vários autores conceituaram de forma diferente e equivocada o conceito norma. É importante esclarecer que Faraco citado por Bezerra, faz uso do termo “norma” como uma maneira particular que cada comunidade usa a fala. É relevante enfatizar que o autor, de maneira objetiva, distingue norma culta de norma padrão, sendo a primeira uma expressão viva de segmentos sociais (usada pelos letrados em práticas mais monitoradas de fala e escrita); e a segunda uma codificação abstrata, sendo que ambas se assemelham quanto aos usuários: pertencem a classes sociais privilegiadas. No capítulo quatro, observa-se na variação linguística algo muito rico da nossa língua, Bezerra narra que jamais se pede algo a um estranho da mesma forma a uma