resenha de as espécies fonológicas, de saussure
No capítulo As espécies fonológicas do Curso de linguística geral, temos contato, primeiramente, com a definição do fonema por Saussure. A partir da argumentação em favor da associação entre a análise da impressão acústica e do ato articulatório para compor a definição de fonema – pois, sem aquela, é impossível distinguir subdivisões da cadeia falada e, sem esta, não se pode descrever os sons –, ou seja, da exposição dos princípios que fundamental a classificação da unidade fonêmica, Saussure a define como “a soma das impressões acústicas e dos movimentos articulatórios da unidade ouvida e da unidade falada, das quais uma condiciona a outra; portanto, trata-se desde já de uma unidade completa, que tem um pé em cada cadeia” (2013, 77).
Depois, somos apresentados à descrição do aparelho vocal e de seu funcionamento (na presente edição, completada pelo organizador conforme o Lehbuch der Phonetikk, de Jespersen). Partindo de um esquema do aparelho fonador, que é composto pelas cavidades nasal e bucal e pela laringe, são apresentados e distinguidos os articuladores passivos (lábio superior, dentes superiores, o palato duro e o véu palatal) e os articuladores ativos (lábio inferior, língua e úvula), seguidos de explicações sobre como cada um deles atua para produzir o som.
Saber essa atuação, no entanto, não é suficiente para sabermos o que distingue os fonemas uns dos outros. Para tanto, é preciso reconhecer os fatores indispensáveis e suficientes para a produção de um som (a expiração e a articulação bucal), além dos que podem faltar ou sobrepôr-se àqueles (a vibração da laringe e a ressonância nasal). É necessário, portanto, para distinguir cada fonema, saber (1) como é a sua articulação bucal, (2) se ele é sonoro ou surdo (3) se ele é nasalizado ou não.
É, então, para concluir, detalhada a classificação dos sons conforme sua articulação bucal, tendo como base, em vez do convencional ponto de