Resenha de Artigo

RESENHA SOBRE O ARTIGO:
Análise forense: pesquisa de drogas vegetais interferentes de testes colorimétricos para identificação dos canabinoides da maconha (Cannabis sativa L.)

BORDIN, D. et al. Análise forense: pesquisa de drogas vegetais interferentes de testes colorimétricos para identificação dos canabinoides da maconha (Cannabis sativa L.). Quim. Nova, Vol. 35, No 10, 2040-2043, 2012.
A Cannabis sativa, conhecida popularmente como maconha, tem sua origem na Ásia Central e foi introduzida no Brasil no final do século XVIII. Suas características psicoativas explicam o uso desta planta em diversas épocas e culturas com as mais diversas finalidades (terapêuticas, religiosas, etc.). Dentre aproximadamente 480 substâncias químicas presentes na C. sativa, sua atividade farmacológica está associada a presença de mais de 60 canabinoides (da classe terpenofenólica), sendo (-)-Δ9-trans-tetraidrocanabinol (Δ9-THC) o princípio ativo principal e facilmente encontrado nas inflorescências e em menor quantidade nas folhas.
A maconha é a droga ilícita mais traficada no mundo. No Brasil, dados da Polícia Federal indicam esta como a droga mais traficada em todas as regiões do país. Segundo o artigo 50 da Lei Federal no 11.343/06 é de responsabilidade do perito a análise da constatação da natureza e quantidade da droga para lavratura do auto de prisão e materialidade do delito. Assim é importante a escolha da técnica para correta averiguação. Os testes químicos mais utilizados para análise de C. sativa são Fast Blue B e Duquenois-Levine, ambos testes colorimétricos baseados na presença de fenóis na estrutura química dos canabinoides. Este estudo visa avaliar a possível interferência de outras drogas vegetais nos testes bioquímicos para Cannabis.
Foram analisadas 40 amostras de diferentes espécies de plantas com características macroscópicas similares a C. sativa. Para controle positivo, foram utilizadas amostras de maconha do Escritório das Nações Unidas sobre drogas e