Resenha de Artigo de Packer

Resenha
Pablo Rodrigo Ferreira1

PACKER, J. I. O Conforto do Conservadorismo. In: HORTON, Michael S. Religião de
Poder. São Paulo: Cultura Cristã, 1998, p. 231-243.

O conservadorismo ou o tradicionalismo na fé cristã é a pauta principal do texto do professor e teólogo James Innell Packer. No intuito de apresentar uma reflexão sobre o tradicionalismo na vida da igreja cristã, o autor inicia seus escritos, alertando para a ameaça legalista, que fere as Escrituras e sufoca a fé legítmia. Para isso, James começa expndo algumas distinções relacionadas aos termos “conforto” e “conservadorismo”, o que se constitui como espinha dorsal do restante do capítulo. Nessa perspectiva, ele distingue nitidamente o conteúdo salutar daquele que engessa e tira o dinamismo bíblico da fé cristã. Para Packer existem dois sentidos para ambos os termos, um de caráter mais saudável e outro mais pejorativo, ou melhor, equivocado. O termo “conforto”, traz a ideia de “revigorar” – que é mais saudável na construção do tema – e de “relaxar” – que é mais pejorativa dentro da perspectiva do autor.
De igual forma, o termo “conservadorismo” pode ter o sentido de “manter-se firme aos princípios legítimos” – mais adequado – bem como de “apegar-se cegamente ao passado” – mais ameaçador à vida espiritual da igreja e, por ser assim, o alvo das reflexões e exposições de Packer.
O maior equívoco do tradicionalismo ou do conservadorismo – termos similares para o James
Packer – tirano, ou seja, aquele que se impõe de maneira rígida e cega na vida da igreja, é que o mesmo desconsidera a necessidade que as pessoas têm de digerirem ensinos e orientações, impedindo, ou melhor, tentando impor algo que é trabalho do Espírito Santo na vida do crente e da igreja. Tal tradicionalismo gera novos tiranos e cada vez mais um sistema opressor sobre as pessoas, que não percebem que estão se afastando da essência e se apegando às tradições equivocadas. A compreensão errada do tradicionalismo