Resenha de Arte grega
Na península helênica, a cultura mediterrânea é modificada e caracterizada por um novo elemento étnico. O povo dessa terra migra para o Oriente devido à infiltração de povos do norte, dessa forma, a Ásia menor torna-se um centro de cultura, com sentimentos naturais e sensíveis. As cerâmicas são suaves, mas com rigor nos intervalos dos desenhos. A combinação dórica e jônica tentou explicar a simetria e proporção e a experiência da vida. O desenvolvimento da arte, da cultura e da consciência política do povo helênico ocorre simultaneamente.
A sociedade grega tem o pensamento de equilíbrio entre a humanidade e a natureza. Aristóteles diz que os estágios da política são: a família, a aldeia e a cidade, nessa ordem. As leis do Estado são formuladas pelas leis naturais da lógica e da ciência, da moral e da religião. Mas a vida não é estática, é contínua em um ideal de perfeita liberdade, e por esse ideal a Grécia combaterá o império persa, para se libertar dos terrores do mundo pré-histórico. Nessa luta a arte é um fator essencial, além de ser um testemunho. Ela revela a forma ideal da natureza de maneira universal, tem função ativa e construtiva buscando a verdade dentro das coisas inalcançáveis. Essa arte usa quase exclusivamente a figura humana, forma considerada mais próxima do ideal.
A arte grega divide-se em três períodos: arcaico, clássico e helenístico. A fase clássica produziu obras consideradas como exemplo de perfeição absoluta. A forma artística é dita absoluta e universal quando transpassa o conceito total de mundo. Esse conceito é determinado pela historicidade, talvez em nenhum outro momento a arte tenha expresso a história de maneira semelhante. O trabalho do artista clássico é sempre ligado a um interesse teórico, às vezes usando o termo cânones. Cânon se refere às relações métricas das cada parte pelo todo ou às dimensões das partes da figura humana; é um sistema de proporções, gerando harmonia das partes em