Resenha de Amor sem escalas
O filme retrata a vida de um profissional de recursos humanos Ryan Bingham (George Clooney) que tem a função de demitir pessoas viajando pelo país. Contratado pelas grandes corporações para desligar o pessoal, tem a missão de fazê-los compreender que o mundo não acabou e que existem grandes opções para melhorar o futuro. Para isso se utiliza de uma boa comunicação oferecendo entretenimentos como pacotes de viagens de 1ª classe, hospedagens em hotéis luxuosos e festas, tudo isso na tentativa de motivá-los.
Toda historia se passa na crise econômica que acometeu o mundo em 2008 e 2009, no qual milhares de pessoas perderam seus empregos, gerando reflexos em suas vidas financeiras e emocionais. Nas cenas de demissão o filme trás o depoimento e os dramas reais de pessoas que passaram pela difícil experiência de perder uma posição no mercado e todos os problemas que isso acarreta. Sabemos que muitas vezes a demissão é inevitável, mas não podemos e não devemos deixar de nos sensibilizar, por que essa pode ser a história de qualquer um de nós. Nesses momentos vemos quanto o fator humano é essencial.
O personagem de Ryan demonstra extrema competência interpessoal e inteligência emocional. Os aspectos negativos relacionados à demissão não o afetam em nada, ele não absorve nenhuma carga emocional, as ofensas e ameaças parecem não ser direcionadas a ele, além disso, sabe agir de acordo com cada indivíduo. Ryan tem o domínio do que faz, tem um raciocínio rápido e uma percepção incrível sobre como conduzir a situação de forma a amenizar o conflito, e muitas vezes, consegue dar nova perspectiva a vida de algumas pessoas que demite.
Nas horas vagas Ryan ministra palestras motivacionais, usando como analogia uma mochila. “Se quiser se dar bem na vida, tem de deixar a mochila leve, ou seja, sem moradia fixa, sem amigos, sem família, pois afinal tudo isso nos prende em compromissos e obrigações, e é o movimento leve que nos dá liberdade.”