Resenha Das Coisas Nascem Coisas
Curso: Design de Produtos
Turno: Noturno
Tema: Resenha sobre a obra Das Coisas Nascem Coisas, por Bruno Munari
Nesta obra o autor apresenta sua visão da prática projetual como um todo através de teoria, imagens e exemplos práticos. As informações são apresentadas de maneira dinâmica, com imagens e textos intercalados sem um padrão muito rígido, mas conforme convém à leitura. Munari inicia a obra apresentando ao leitor o método cartesiano, que influenciará diretamente todo seu conteúdo. Em primeiro lugar, ao invés de apresentar logo uma pesada carga teórica sobre a prática projetual Munari leva o leitor a questionar certos valores errôneos normalmente associados ao desenvolvimento de um projeto, tais como o luxo e o senso artístico. Segundo ele, o luxo seria um absoluto desperdício e, em última análise, algo desassociado por completo do design, que deveria ser muito mais funcional do que estético:
“(...) De facto, o luxo é uma manifestação de estupidez. Por exemplo: para que servem as torneiras de ouro se dessas torneiras sai água inquinada? Não será mais inteligente, com o mesmo dinheiro, mandar pôr um filtro de água e ter as torneiras normais? (...)” (p.15)
Já o senso artístico é algo que o autor deixa claro que não desaprova (sendo ele mesmo um artista plástico e designer), mas que também deve ser deixado de lado quando se fala em prática projetual. Isso porque o exercício de tal atividade se baseia em métodos tão práticos e testados quanto possível que tendem a não abrir espaço para segundas interpretações. Isso vai em contrapartida ao método dos artistas, baseado em experimentação e subjetividades. Por questões práticas, o autor deixa claro que cada um deve trabalhar à sua maneira e que escreve, nessa obra, para projetistas e não para artistas. “(...) É por isso bom fazer uma distinção imediata entre o projectista profissional, que tem um método projectual, graças ao qual o seu trabalho é realizado com precisão e segurança,