Resenha Da Revolu O Industrial Cap 6 A 10
HOBSBAWM, E. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. Forense, RJ, 1978, Cap 6 a 10
Os trechos em destaque da obra de Hobsbawn revelam o que autor denominou ser a segunda fase da industrialização britânica, amplamente difundida, ou popularmente conhecida como Segunda Revolução Industrial, entre os anos 1840-1895. O período ficou assim conhecido por revelar as drásticas mudanças de caráter científico-tecnológico, de processos produtivos padronizados e de escalas de produção jamais vistas na história, notadamente nas indústrias pesada, de carvão, ferro e aço, que juntas serviram para revolucionar os meios de comunicação e transportes utilizados na época.
Com a crescente demanda para aquisição de bens de capital advinda das outras economias mundiais, o cenário foi propício para que os investidores ingleses transferissem suas poupanças privadas para financiar a ampliação da "mania ferroviária" (1835-1847) às economias mundiais sob sua influência. Ao passo que o feito ampliava a oferta de trabalho à "massa" de mineiros, agricultores e operários industriais ingleses, os movimentos proletários como o socialismo primitivo e o cartismo pareciam enfraquecer-se, ou mesmo desapareceram. A Inglaterra contava, agora, com uma classe de proletários disposta a aceitar a proposta do laissez-faire e preocupada com a melhoria dos seus rendimentos antes que mesmo seus ideais.
Após estrondosa expansão da corrente do comércio internacional entre meados da década de 1850 e início de 1870, a Inglaterra deparou-se com a chamada "Grande Depressão" (1873-96), marcada pela perda da sua hegemonia mundial para EUA e Alemanha, que passam a concorrer e proteger suas economias das mercadorias britânicas. O "imperialismo" frente às colônias "formais" e "informais" foi a forma encontrada pelos ingleses para tentar assegurar sua soberania mundial e, a rigor, a Inglaterra utilizou sua supremacia naval para impor e