RESENHA DA OBRA OS ARGONAUTAS DA CIDADANIA
RESENHA DA OBRA “OS ARGONAUTAS DA CIDADANIA
A obra “Os argonautas da cidadania” representa os diversos atores e estruturas da sociedade civil impondo contradição a ideia de uma globalização crescente ao longo do tempo e propondo novas formas de democracia e cidadania.
Na primeira parte do livro, o autor faz uma reflexão crítica sobre teorias clássicas que tratam do conceito de cidadania e sociedade civil retratando também o contexto histórico em que foram inseridas. Assim, expõe a visão de cidadania de Marshall, apontando como a partir da união que Habermas e Cohen/Arato estabelecem entre este conceito e os de sociedade civil e o de esfera pública, tornam-se dependentes a teoria e a pratica, comparando as teorias liberais com os regimes, o comunitarismo com os regimes tradicionais e a teoria da democracia extensiva com a social-democracia. A partir dessas teorias, o autor busca criar um novo modelo.
Do liberalismo politico de Rawls enfatiza a ideia de que este atribui às virtudes cooperativas dos cidadãos, da critica comunitarista destaca a proposta de construção de uma sociedade baseada em valores como a identidade comum, a solidariedade e a participação social, da critica á democracia, segundo Janoski, defende a necessidade de ampliação de direitos individuais a sujeitos historicamente discriminados devido a classe, gênero, ou etnia. Acrescenta ainda a critica nacionalista pela qual a cidadania moderna se associa á ideia de pertencer á comunidade nacional e de herança comum. A critica multiculturalista ressalta o fato de o mundo, principalmente no pós-guerra, se encontra em estado de intensa migração, o que cria a necessidade repensar os Estados-nações. Kimlicka propõe uma quarta geração de direitos, isto é, direitos culturais de cidadania, enquanto Soysal propõe a universalização dos direitos humanos. O autor ressalta que o Estado–nação não estaria desaparecendo, visto que esse é essencial para a