Resenha crítica
Faculdade de Educação - FE
Professora: Sonia Marise Salles Carvalho
Alunas: Milena dos Santos Marra 12/0130467
Resenha Crítica do livro “Fomos Maus Alunos” – Gilberto Dinenstein
A rotina cristalizou as escolas tradicionais e transformou-a em normas. O aluno, sem querer, mas obrigado, faz o dever porque lhe é imposto. O fato é que existe um descompasso inevitável entre programas escolares e a maneira que são utilizados com os alunos. E isso porque os programas escolares são organizações formais e universais de saberes a serem aprendidos numa ordem preestabelecida e num ritmo único. O que provoca o desinteresse e a falta de curiosidade, daqueles que deveriam estar tomados de vontade de aprender. O fracasso das instituições de ensino tem a ver com isso: elas oferecem “uma comida que o aluno não quer comer”. Não é que falte fome, mas não é fome para comer a “gororoba padronizada” que se servem nos restaurantes chamados escolas.
O autor Rubem Alves, mediante conversa sobre sua vida acadêmica, ressalta que sua vontade de se separar da escola tradicional surgiu com dúvidas sobre coisas já aceitas por outras pessoas, como a comunhão por exemplo. Diz que, acompanhava a questão da África do Sul, acompanhava toda a formação do Estado de Israel, a agitação política no Brasil. Mas, na escola, só ensinavam “vovô viu a uva” (alfabetização por meio de cartilhas e método silábico). O aluno não era avaliado peço conhecimento do mundo, e sim pelo que os professores gostariam de ver no aluno.
Gilberto também faz crítica às instituições de ensino. Diz que essa relação de não-aceitação de carga de conhecimento do aprendiz, e a não-utilização dela com a imposição de conteúdos aparentemente incoerentes, é uma dupla humilhação para o aluno: a humilhação de não saber lidar com esses códigos, e a humilhação de não usar a riqueza interior do aluno. Com tantos desencontros no ensino, a idéia de “bom aluno” se confunde