Resenha Crítica
PORTUGAL, Francisco Teixeira. Moral e Psicologia na teoria biológica darwiniana. Arquivos Brasileiros de Psicologia. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). v. 59. n. 2. p. 132-142. Novembro/2007. Disponível em . Acesso em 5 de setembro de 2014.
No artigo analisado, ressaltaram-se as relações históricas desses temas ao reflexo de teólogos naturalistas e moralistas escoceses, cujas ideias contribuíram diretamente para a formação da teoria darwiniana, principalmente no que tange à seleção natural. Nisso, tem-se as questões morais e psicológicas das formulações darwinianas como temas altamente relevantes.
Richards, no ano de 1987, teve três posições filosóficas: a aristotélica (habilidades do homem relacionadas à cognição sensorial dos animais), a cartesiana (distinção do homem, de sua alma e dos animais), e a sensacionalista (relação sensações-conhecimento), esta última desenvolvedora do discurso biológico darwiniano diferenciando nossa imagem dos animais. Para os aristotélicos e cartesianos, a noção de instinto era a resposta suficiente para justificar os comportamentos complexos dos animais, enquanto para os sensacionalistas os animais podiam produzir ações de modo completamente racional. Isso quer dizer que desde o começo da discussão das temáticas darwinianas, existiam ponto antagônicos no que tangem aos pensamentos dos principais cientistas da época.
Darwin, em sua grande obra “Origem das Espécies”, deixa muito claro que no futuro distante existirão novos campos de pesquisas, momento pelo qual a Psicologia irá se basear em um novo fundamento, o da “necessária aquisição gradual de cada faculdade mental”. Em sua outra obra “The descente of man and selection in relation of sex”, ele deixou claro que o homem, como qualquer espécie, descende de alguma forma preexistente, o que nos dias atuais tende a ser lógico do ponto de vida científico. Neste sentido, tal projeto enunciado em 1859 teve seu novo fundamento (complexidade humana)