resenha crítica
Genilza de Sousa Gomes, Odontologia, 13/03/2013 O filme Quase Deuses relata bem os preconceitos e as inúmeras dificuldades vivenciadas durante a segregação racial nos Estados Unidos, período este em que havia separação ou isolamento entre raças em todos os setores da sociedade, pois os negros eram considerados raças inferiores e não tinham direitos civis. Baseado em fatos reais, narra a história de um jovem negro, chamado Vivien Thomas, de baixa renda, que trabalhava como zelador em um laboratório de cirurgias experimentais, para o Dr. Alfred. Vivien Thomas tinha um grande sonho de entrar na faculdade de medicina, entretanto, as condições não eram favoráveis, pois se vivia em uma sociedade presunçosa e racista. O médico ao notar seus conhecimentos e habilidades com os equipamentos médicos deu a ele a oportunidade para trabalhar como assistente em suas pesquisas e experimentos, com um tempo, Viven passou a fazer em conjunto com o Dr. Alfred, descobertas de suma importância que mudaram o rumo da medicina, no entanto, se dedicou durante anos em favor do sucesso e prestígio do doutor Alfred Blalock, tornando o seu sonho cada vez mais distante da realidade. Até que situação uma pessoa é submetida quando o seu desejo de realização é mais forte que qualquer obstáculo? O banco faliu, Thomas perdeu toda sua economia que futuramente seria destinada ao seu curso de medicina, sua remuneração não condizia com seu bom desempenho e horas de trabalho, era barrado ao entrar em vários lugares (até em instituições públicas) e foi alvo de inúmeros preconceitos e dificuldades. Não obstante, nada o fez desistir de seu objetivo, mesmo depois de longos anos, Vivien Thomas já com a idade avançada, foi reconhecido pelo seu trabalho, ganhou o seu diploma sem nunca ter entrado na faculdade e tornou-se um dos melhores professores de cirurgias cardíacas, tornando-se um grande exemplo na sociedade.