Resenha crítica: “o que é pós-moderno”
Há qualquer coisa nova, mas indefinível, no ar. Cabeças mais sensitivas a chamam de pós-modernismo, mescla de purpurina com circuito integrado, liberação dos costumes com pós-industrialismo. Um bem? Um mal? Quem viver verá...”
Em sete capítulos, o autor Jair Ferreira dos Santos esboça uma idéia sobre o que é o “fantasma” pós-moderno e sobre a paisagem que ele assombra, usando uma linguagem coloquial, metáforas, exemplos reais e citações.
Apresenta os locais onde se vê o pós-modernismo: o cotidiano, com a mídia de massa, tecnologia para fins individuais e fartura de informações. A economia, centrada no consumo personalizado, proclama o Shopping Center como o templo pós-moderno. A arte; surgem nos anos 50, nessa ordem: arquitetura, pintura, escultura, romance e o resto, sempre obras sarcásticas, sem compromissos e sem esperanças. Estilos de vida e filosofia: onde o niilismo é presente, e o indivíduo é ao mesmo tempo personalizado, hedonista, narcisista e programado, sem história e sem personalidade fixa.
Na pós-modernidade, se lida muito com signos e símbolos, e muito pouco com os referentes reais destes símbolos. Visto que as representações do real veiculadas na mídia são muito melhores e mais bonitas do que o que de fato representam, o indivíduo pós-moderno vive em uma hiper-realidade, ou seja: uma realidade onde as representações do real superam em muito o real em si. Procura-se mais a cópia do que o original. Isto é a causa da sensação de vazio.
Com a pós-modernidade, o mundo digital ganhou um amplo espaço. Vivemos no simulacro, no efêmero. Com a câmera, a realidade passou a ser outra, uma realidade fragmentada, um tanto ilusória. O indivíduo busca viver uma realidade similar aos de seus personagens televisivos, baseado