Resenha crítica sobre o ensaio A cena se fecha como se fosse uma conclusão.
De Adilson Citelli.
No livro Romantismo, 3º edição, no capítulo 5 – Adilson Citelli, professor da escola de Comunicação e Artes da USP, faz uma análise sobre o Romantismo. Publicado pela editora Ática, este livro faz parte da coleção série princípios, desenvolvidos em versão Pocket, a um baixo custo.
Em seu ensaio A cena se fecha como se fosse uma conclusão, ele desenvolve uma análise sobre os fatores predominantes do Romantismo, mostrando as principais características do movimento literário e quebrando velhos mitos.
Logo no início trata da forte tendência individualista, e a ênfase dada à função emotiva durante o período romântico, usado também como resultado de um processo de despersonalização da vida.
A seguir, fala de um herói iluminado, o qual tem uma forma especial em sentir o que os demais são desprovidos de sentir, é em certo ponto sensível e não é uma pessoa comum. Também cita a idéia do Eu como criador absoluto.
O romantismo como sinônimo do inexplicável, um movimento dotado de gestos individuais e solitários, marcados pela inspiração divina, ou forte intuição. O oposto dos clássicos, logicamente organizados e racionais. Há neste período a extrema valorização das emoções – Literatura orgânica – É um período essencialmente rompedor de regras e normas, deixa fluir as sensações, o predomínio do plano da emoção e subjetividade.
O período romântico tem como conceituador, a busca emocionada através do imaginativo calcado na experiência individual; É o responsável pelo rompimento dos limites da imaginação, quebra as regras e afirma a liberdade de criação.
Adiante o autor fala sobre as diferenças do mero imitador, há um choque entre o poeta romântico (seu eu) e o mundo, na sociedade capitalista temos o artista que é incapaz de se ajustar, daí os vários temas do romantismo: Fuga da realidade, valorização da morte, preferência pela noite, idealização da natureza