Resenha crítica sobre a ética protestante e o espírito capitalista
Identificação da obra: WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 4.ed.. São Paulo: Martin Claret, 2009.
Max Weber, é conhecido como um dos precursores da sociologia, e também como economista e filósofo. O momento histórico da obra se passa no período do Renascimento, que traz consigo uma nova classe: os burgueses mercantis. Porém, a presença religiosa ainda é determinante nesta época, mesmo com as indagações e contestações sobre as religiões. A obra trata, sobretudo, da influência do protestantismo na mudança de paradigmas acerca de riquezas, pois ele prega que o trabalho e acumulação de riquezas, não são pecados. Ao contrário, a acumulação de riquezas, sem que o fiel esbanje, gaste com bens supérfluos, é colocada como um sinal de salvação, de que esta pessoa é uma escolhida para ser salva. Logo, seguindo estes ensinamentos, os seguidores protestantes acumulam capital, e para que possa haver esse acúmulo, eles trabalham árduamente, pois o trabalho passa a ser encarado como sendo a utilização dos dons divinos. Esta nova concepção entra em choque direto com os dogmas católicos, que pregam que a riqueza é ruim. Os seguidores do catolicismo preocupavam-se pouco em acumular dinheiro, pois a Igreja Católica condenava essa prática, por entender que ela incentivava o materialismo. Weber via no protestantismo uma força direta no desenvolvimento do capitalismo, pois enxergava que no acúmulo de capital estava presente a ascese protestante. (SELL, 2011). Porém, segundo Sell (2011), houve um autor, da mesma época de Weber, Sombart, que atribuía o crescimento do capitalismo ao renascentismo que vinha ocorrendo na Itália e a disseminação da cobiça em possuir riquezas e luxo, em direta oposição às ideias de Max Weber. Ambos debateram sobre suas teses, e Sombart publicou uma obra em que atribuía o fortalecimento do capitalismo aos judeus. Brentano, outro autor contemporâneo de Weber, refutava a ideia de qualquer ligação religiosa com o