Resenha Crítica - Processos de categorização e identidade: solidariedade, exclusão e violência, Lídio de Souza

1025 palavras 5 páginas
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PROCESSOS DE CATEGORIZAÇAO E IDENTIDADE:
SOLIDARIEDADE, EXCLUSAO E VIOLÊNCIA
LÍDIO DE SOUZA

O autor L. de Souza inicia o capítulos de sua obra reafirmando Vasquez, que o homem violenta sua natureza a fim de criar obras e realizar projetos, uma característica humana que transforma a natureza, humanizando-a; caso contrário, a matéria permaneceria intacta. Contudo, essa violência artística, contra a natureza, não é de caráter antihumano. A violência anti-humana atua no plano das relações sociais, contra o existir social de alguém: coisifica-se e assujeita-se o outro, provocando exclusão, intolerância e manutenção de privilégios sociais. Essa violência e a coação devem ceder lugar à consciência moral e social para que haja uma melhor convivência entre os homens.
Ressalta-se que essa violência praticada entre os homens justifica-se na diferença, seja ela de raça e etnia, sexo e sexualidade, de religião, de idade, de ideologia, de estereotipo, etc. Conclui-se então, que os conflitos são inerentes às sociedades humanas, uma vez que elas constituem-se de uma diversidade. Paradoxalmente, ao menos tempo que a diferença humana fundamenta a prática da violência social causada pelos interesses diversos que ela cria, é a própria diferença quem nos humaniza e enriquece a existência e experiência humanas. Apesar de fazer parte das relações sociais, a violência não pode ser encarada como natural, mas sim buscar ser reduzida e controlada ao máximo possível, de acordo com momento histórico vivido, já que o conceito de violência é polissêmico, variável no tempo e espaço. Cabe aqui uma interessante reflexão a cerca da contextualização da violência, segundo raciocínio de Rosa, 1997, Cavassani, 1998 e
Alvim, 2003: se utilizarmos o contexto histórico do Apartheid na África do Sul, sem cometer anacronismos, não há como falar que houve violência contra os negros, uma vez que no tempo e espaço considerado tais práticas não eram criminalizadas. Por

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