Resenha crítica mito do desenvolvimento e do progresso - Furtado e Dupas
O artigo é baseado nas obras de Celso Furtado – O mito do desenvolvimento econômico (1974) e Gilberto Dupas – O mito do progresso (2006), através de uma leitura cruzada destas. Apesar dos momentos diferentes que as obras foram criadas chegam a mesma conclusão que o desenvolvimento/progresso é um mito. Partindo da discussão sobre a questão ambiental e a pobreza. O esgotamento dos recursos naturais e os problemas relacionados a poluição trazendo o desgaste da natureza, o desenvolvimento/progresso tecnológico favorecendo mais as heterogeneidades sociais.
Clério Plein e Eduardo E. Filippi no artigo expõe as opiniões dos dois autores (Furtado e Dupas), que as obras estão intimamente ligadas e que chegaram a conclusões pessimistas. Constataram que o desenvolvimento leva ao esgotamento dos recursos naturais, polui o meio ambiente e ainda aumenta a pobreza, pois poucos têm acesso a todos estes recursos, aumentando assim as desigualdades. E essa premissa é muito coerente partindo do pressuposto da grande disparidade existente, aqui no Brasil, por exemplo. Onde há recursos naturais, estes estão sendo extintos, através das queimadas, desmatamento, provocando a poluição e há também o amontoamento de riquezas de uma pequena parte da população, e é esse amontoamento que dá acesso as tecnologias, que nada favorece para a população.
Os autores mostram a visão de Furtado, “o desenvolvimento econômico é um mito porque: não pode ser generalizado aos moldes dos países desenvolvidos, existem obstáculos do ponto de vista dos recursos naturais e os problemas