Resenha Crítica: Lagoa Azul
Versões anteriores de uma mesma aventura
Versões anteriores de uma mesma aventura
Não é o caso de A Lagoa Azul: O Despertar (Blue Lagoon: The Awakening, 2012), versão moderna do clássico com Brooke Shields e Christopher Atkins. Até mesmo a segunda parte da história – De Volta à Lagoa Azul (Return to the Blue Lagoon, 1991), longa que foi um dos primeiros trabalhos de Milla Jovovich e que é praticamente um remake da mesma trama – consegue manter o charme do original e respeitar sua essência. O Despertar, não. A obra mudou totalmente o roteiro original e se tornou um fútil romance adolescente, com colegiais descerebradas cujo maior objetivo é transar com o bonitão sarado do colégio, maculando totalmente o clima inocente da versão original. Feito para a TV, o filme foi exibido pelo canal Lifetime no ano passado.
Minha voz continua a mesma... mas os meus cabelos...
Minha voz continua a mesma… mas os meus cabelos…
Houve uma tentativa de manter uma ligação com o filme de origem: Christopher Atkins faz o papel de um professor que organiza uma excursão para Trinidad (poxa, na minha escola o máximo que organizaram era excursão pro zoológico!). Ao invés de permanecer no hotel, um grupo de patricinhas-com-hormônios-em-ebulição se infiltra numa festa em um navio, só para ficarem perto do rapaz-truculento-com-cérebro-nos-bíceps, planejando passar uma tórrida noite de amor com ele.
Sozinhos numa ilha deserta. O