Resenha crítica: John Locke

1576 palavras 7 páginas
John Locke foi um dos mais importantes filósofos ingleses, e até hoje é considerado o precursor do empirismo filosófico (doutrina que defende que apenas as experiências vivenciadas pelos indivíduos são capazes de gerar conhecimentos e desenvolvê-los) e um dos ideólogos do liberalismo (conjunto de teorias e princípios políticos que tem como finalidade a defesa da liberdade política e econômica de uma sociedade, sendo contra a forte intervenção do Estado na nação e na vida de sua população) e do iluminismo (movimento que defendia que a visão racional do mundo deveria superar o pensamento teocêntrico baseado nas crenças religiosas e no misticismo, que segundo seus defensores, impedia a evolução do homem, e que tinha como objetivo final, iluminar as trevas em que a sociedade se encontrava).
Entre suas obras, Locke escreveu os Dois Tratados sobre o Governo Civil. O Primeiro Tratado é uma contraposição de Patriarca, obra de Robert Filmer na qual o autor defende que os reis possuem um direito divino de exercerem sua autoridade. Já o Segundo Tratado discorre sobre a origem, os princípios e os objetivos do governo civil, de modo que John Locke alega que apenas o consentimento daqueles que estão sendo governados – e não a tradição e/ou a coação, como era defendido – é a única forma legítima de exercer o poder político. Sobre o Segundo Tratado, segue uma síntese com as principais ideias defendidas pelo seu autor, John Locke.
Tal qual Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau, Locke é um dos grandes representantes do jusnaturalismo (ou também, Teoria dos Direitos Naturais), de modo que o modelo jusnaturalista de Locke é muito semelhante ao de Hobbes: parte do estado de natureza que, por intermédio do contrato social, culmina no estado político/civil.
Um dos pilares do surgimento do governo civil diz respeito ao chamado Estado de Natureza, que para Locke (assim como para Hobbes) designa um estágio apolítico/pré-social de todas as comunidades, no qual os homens vivem de modo

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