resenha crítica filme
O filme conta a história de um operário metalúrgico, Lulu Massa, que se dedica integralmente ao trabalho, cumprindo cotas e metas da empresa. Sendo um operário-padrão, não é bem quisto pelos companheiros. Durante o filme é retratado o cotidiano das fábricas dos anos 70, onde a mão-de-obra operária era desvalorizada e o salário muito injusto em relação ao trabalho.
Quando Lulu sofre um acidente de trabalho e perde um dedo, ele começa a questionar toda a dedicação que ele depositou na empresa, passando a apoiar greves sindicais e confrontar a chefia. Num desses movimentos, Lulu é demitido. A situação fica muito complicada, principalmente em relação a sua mulher, que vê a demissão como uma futura privação dos bens tão essenciais para uma vida confortável.
Lulu, então começa a perceber como é manipulado, e como não tinha controle sobre sua vida. A falta de um emprego gera uma falta do principal meio de aquisição dos bens essenciais e também dos supérfluos, mas que tem imensa importância na vida das pessoas. O dinheiro significa status, conforto, enfim, poder sobre sua própria vida, porque a sociedade ensina que as pessoas precisam consumir, para alcançarem a felicidade.
No final, o sindicato consegue fazer um acordo com a empresa, conseguindo até a revisão das metas pela empresa, e a readmissão de Lulu. Mas agora Lulu mudou, ganhou uma maior consciência, uma visão de sua situação de dependência pela fábrica, mas também a integração com seus companheiros.
A relação trabalho-homem foi mudando com a evolução da humanidade. Inicialmente, o homem trabalhava para sua subsistência e de sua família. Com o mercantilismo, as grandes navegações, revolução francesa, e finalmente a revolução industrial, o trabalho foi ganhando uma nova função: a de acumular riqueza. O capitalismo surgiu como uma nova maneira de organização da sociedade, onde as