resenha crítica do livro “Ser professor é cuidar que o aluno aprenda”
O autor nos surpreende quando define a prova como não sendo um bom método de avaliação, usando como argumentos o fato do aluno não conseguir aprender a pensar, argumentar e questionar. Considerando suas análises e já tendo uma visão pedagógica concordo com ele, mas não deixa de nos surpreender pelo fato de termos sido avaliados em nossa vida escolar basicamente desta maneira. A avaliação possui função diagnóstica, que é saber até que ponto o aluno aprende de verdade e prognostica destinada a saber o que fazer para que o aluno recupere sua oportunidade de aprender. Nas escolas que estudamos a função diagnóstica praticamente era executada através de provas, mas será que nossos professores conseguiam identificar o que realmente o aluno construiu de aprendizado? O que ele necessita para buscar o conhecimento? E o que fazer para que ele recupere a oportunidade de aprender?
Desta forma, nós professores aprendemos que sempre se pode recuperar a oportunidade de aprender recriando, cuidando da aprendizagem do aluno, fazendo com que o conhecimento seja sempre refeito, sendo a todo o momento, desconstruído e reconstruído. Entretanto para isso precisamos conhecer nossos alunos, saber o que eles realmente construíram e o que precisam para conseguir construir o conhecimento, mas será que apenas uma prova pode nos dar essa informação? Tenho certeza que não, uma das razões que o próprio Demo nos cita é se por ventura o aluno estiver em um dia emocionalmente “ruim”, conseguirá ficar concentrado na prova? Será julgado pelos números de acertos e erros, e o significado de tudo que aprendeu? Devemos sim repensar a avaliação na escola no sentido do efetivo acompanhamento das aprendizagens individuais.
O livro cita Freire: “Educar implica influenciar fortemente; entretanto o bom educador é aquele que sabe influenciar o aluno de tal modo que este não se deixe influenciar.” (Demo, 2009, p.19). Essa citação me faz refletir a importância que o professor tem em