Resenha crítica do livro: O manifesto comunista
Livro: MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. O Manifesto Comunista. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1998. (Coleção Leitura)
Este livro inicia-se com o reconhecimento do comunismo como poder na Europa, enfatizando a perseguição da classe dominante a este “novo” movimento político. O comunismo passa a ser visto como um fantasma que assombra a ordem destes povos que a partir dessa situação tratavam como comunista tudo aquilo que se pretendia inferiorizar. Esta circunstância leva a união de comunistas de nacionalidades diferentes na intenção de publicar esse texto, o manifesto comunista, uma forma de resposta a essas acusações, publicando seus objetivos, metas, tendências abertamente para o mundo, enfrentando, com isso, esta lenda do “Fantasma”.
Encontramos em várias sociedades, no decorrer da história, divisões de classes como na Idade Média com os senhores feudais, vassalos, aprendizes, servos... Nossa sociedade atual, surgiu das ruínas da sociedade feudal, simplificou os variados níveis sociais que formavam diversas classes em duas grandes classes opostas: a burguesia e o proletariado. A burguesia desenvolveu-se com as grandes descobertas, e o grande impulso do comércio, da indústria e da navegação, cresceu multiplicando seus capitais, estabelecendo novas formas de luta no lugar das antigas, novas condições de opressão... A burguesia imprime um caráter cosmopolita à produção e ao consumo em todos os países, cria uma interdependência entre as nações, envolvendo a produção material e intelectual na qual chamamos hoje de globalização.
A burguesia, sem consideração, rompeu os laços feudais heterogêneos que ligavam o homem aos seus "superiores naturais", converteu mérito pessoal em valor de troca e implantou a liberdade única e sem caráter do mercado, substituiu a exploração velada por ilusões religiosas e políticas, pela exploração aberta, impudente, direta e brutal. A mesma desnudou de sua auréola toda ocupação honrada e