Resenha crítica do documentário arquitetura da destruição
“Arquitetura da Destruição”
O documentário “Arquitetura da Destruição” revela uma outra face do nazismo: aquela que colocava a arte como elemento determinante da grandeza de uma época, de um regime e de um povo, para fins políticos e decisões do Estado, como ponto principal para definir o destino do Homem. O líder desse movimento, Adolf Hitler, era um apaixonado por expressões artísticas, sua obsessão pela arte, pelo ideal de beleza, pela perfeição, era estampada nos corpos e nos desfiles militares, exemplificando a articulação entre o ideal estético nazista e a perseguição aos judeus, porém não obteve muito sucesso como produtor artístico sendo considerando assim um artista e não um governante, basicamente um pintor frustrado que sonha em ser arquiteto. Sendo um adorador de Richard Wagner, ele começou a traçar seus primeiros planos para o futuro da Alemanha, dentre eles o de transformar a cidade Linz em um centro cultural.
Para tanto, ele detinha uma profunda admiração pela antiguidade, pela estética perfeita das artes greco-romanas, a sua predileção pela arquitetura faraônica é exposta como fonte de inspiração para a formulação e desenvolvimento do regime e dos ideais nazistas (grande uso publicitário, embelezamento do mundo, criação de um novo homem). Foram inaugurados espaços como os museus, por exemplo, reunindo variadas formas artísticas, materializando anseios sociais do ser humano. Portanto, o museu é gerador de tendências, mudanças e ideologias, visto que Hitler tinha aversão às artes modernas como o cubismo, o dadaísmo, considerando-as de mau gosto, degeneradas, semelhantes às deformações das pessoas deficientes físicas e mentais.
Essa classe de pessoas também sofreu forte perseguição e eliminação assim como os judeus. Tudo isso se revelava parte do processo de purificação, não só da raça, mas de toda a cultura alemã, mostrando o processo de extermínio, sobre a construção e a queda do nazismo para sustentar a tese