Resenha crítica da arte da guerra - sun tzu
Um tratado militar milenar que pode ter seu conhecimento empregado até hoje, mas em um campo de batalha um tanto quanto diferente.
Tal como as profecias de Nostradamus, algumas obras literárias possuem o incrível poder de se perpetuar pelos séculos mantendo-se coerentes independente da época em que se são lidas. Como maior exemplo cito o tratado militar escrito durante o século VI a.C, A Arte da Guerra, do estrategista chinês Sun Tzu (tradução de Adam Sun; Conrad Editora; 143 páginas; 2008). Utilizando uma analogia musical, seria como o dodecafonismo das guerras: uma forma pré-moldada na qual apenas o elemento inicial muda, e não a sua sequência.
Sun Tzu (ou Sunzi, de acordo com o sistema pinyin de romanização da língua chinesa) estabelece em sua obra diversos fundamentos militares divididos à la Bíblia em capítulos, subdivididos em itens e mais especificamente, parábolas. Afirmados pelo jornalista Adam Sun como “essenciais”, os mandamentos militares presentes no livro abrangem todas as variáveis que um comandante enfrenta: a configuração do terreno, o ânimo do seu exército, a estratégia empregada, entre outros.
Aplicado no cenário contemporâneo, cada vez mais esse livro tem guiado profissionais de diversas áreas em suas carreiras, visto a crescente competitividade presente em nosso mundo. Um grande exemplo é o técnico de futebol Luiz Felipe Scolari, que como comandante da seleção brasileira durante a Copa do Mundo de 2002 distribuiu a todos os jogadores exemplares de A Arte da Guerra, a fim de que o conhecimento estratégico de Sun Tzu fosse aplicado em outra guerra, a partida de futebol – o que, pelo que se sabe, deu certo. Também vale citar a costumeira leitura do livro por empresários e executivos que buscam um lugar no talvez mais concorrido lugar que o ser humano possa entrar: o mercado.
Muitas críticas surgem a esse livro pelo fato de que, por meio de suas estratégias de guerra, o autor ensina a ser frio, calculista, covarde,