Resenha Crítica: "Crianças Invisíveis"

Heitor Abreu da Silva
Resenha Crítica: "Crianças Invisíveis"

O filme "Crianças Invisíveis", de 2005, consiste em 7 curtas, e foi um projeto que contou com o apoio do UNICEF, e aborda sete realidades em sete países diferentes, com o intuito de expor a situação das crianças na atualidade. Apesar de retratar somente 7 países, é evidente que o descaso com a criança não se restringe somente à essas nações, este é um problema comum em praticamente todo o mundo. Tendo a vida das crianças como enfoque principal, em todas as localidades é mostrada uma realidade miserável, onde os protagonistas vivem às margens da sociedade, convivendo com drogas, armas, famílias desestruturadas, sofrendo todo tipo de discriminação e exploração. Todos os diretores tiveram como objetivo mostrar como é falha a atuação da sociedade e das autoridades no que diz respeito à vida dessas crianças. No Brasil, a realidade é mostrada pela diretora Kátia através do cotidiano de dois irmãos, Bilu e João, moradores de uma favela, que para ajudar no sustento da família, realizam pequenos bicos recolhendo latas, papelão e outros objetos recicláveis. E que para se divertir, utilizavam-se da criatividade em projetar nos objetos de trabalho brinquedos, para ajudar a driblar as dificuldades como fome, falta de dinheiro, entre outros. Ciro, um garoto italiano da periferia, que com a ajuda de seu amigo, sobrevivia de assaltos às pessoas na rua. A intenção do diretor era passar a negligência dos adultos, que preocupados somente com as suas vidas, só se davam conta do tamanho do problema quando acabavam se tornando vítimas diretas. Na Sérvia, a história gira em torno de um garoto cigano, que, por ser obrigado pelo pai a roubar, prefere abrir mão da sua liberdade e ficar no centro de detenção. Na Inglaterra, é retratada a vida das crianças que precisam sobreviver em meio à guerra e aos ataques. O cenário africano retratado é a realidade da vida de cinco crianças que são guerrilheiras e que