Resenha critica
Correlação de tipo e tipologia com o âmbito temporal na arquitetura
Propõe-se analisar o texto “O ensino acadêmico e a teoria da arquitetura no século XIX” de Sônia Gomes Pereira, contido no livro Leituras em teoria da arquitetura de Beatriz Santos de Oliveira. Podem-se abordar diversos conceitos expostos neste texto, no entanto optamos por demonstrar de que maneira os tipos e tipologias contribuíram para a concepção da arquitetura, e como quebraram ou permaneceram com a tradição.
A princípio, Sônia, museóloga e pesquisadora do CNPq, faz uma crítica à arquitetura do século XIX, abordando seu sistema de ensino, importância do desenho para a formação do partido arquitetônico e relacionando tipo e tipologia à tradição herdada e à modernidade vinda com a mudança de pensamentos ideológicos e do progresso.
“[...]É como se o arquiteto tivesse exposto diante de si toda uma tradição arquitetônica à sua disposição para ser reutilizada nos prédios contemporâneos. Mais do que imitar simplesmente o passado, trata-se de aproveitar de sua notável experiência.”1
Seguindo o raciocínio de tipo e tipologia presente no texto, esses dois conceitos são debatidos desde o século XIX. Como por exemplo: Durand, professor da École Polytechinique de 1795 a 1930, e Quatremère, secretário perpétuo da Academia entre 1816 a 1839, que estabeleceram significados opostos2 para estes. A definição de tipologia por Durand era vista como funções similares, e o tipo, apesar de não estar mais atrelado à uma regra, mantinha a tradição histórica daquele tempo. Já para Quatremère, “A palavra “tipo”, diz ele (Quatrèmere de Quincy), indica menos a imagem de alguma coisa ser copiada ou imitada com perfeição do que a ideia de um elemento que deve servir de regra para o