resenha critica

1.1 A TRAJETÓRIA MOVIMENTO NACIONAL PELA REFORMA URBANA Luta pela reforma urbana inicia-se nos anos 1960, a principal reivindicação era a realização da Reforma Agrária no campo, plano das "Reformas de Base" no governo do presidente João Goulart. A proposta de uma reforma urbana foi formulada no Congresso de 1963, promovido pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil. Mas com o golpe militar de 1964, constituiu-se um regime político autoritário (que durou até 1984) que inviabilizaria a realização dessas reformas. Os temas da reforma urbana reapareceriam nos anos 1970 e 1980, epoca que movimentos sociais ganhavam visibilidade e relevância política, nesse período, a Igreja Católica deu uma grande contribuição nesse sentido ao lançar o documento "Ação Pastoral e o Solo Urbano", no qual defendia a função social da propriedade urbana. Esse texto foi um marco muito importante na luta pela reforma urbana. Marcadas por um êxodo rural altíssimo entre 1940 e 1991, quando a população urbana passou de 31,2% a 75% da população nacional, as cidades brasileiras cresceram carentes de infraestrutura mínima. Os resultados foram a segregação espacial de bairros que foram gerados sob a conivência do poder público, abandonados, à margem de qualquer condição de dignidade. Criado em janeiro de 1985, o Movimento Nacional pela Reforma Urbana que luta pela incorporação da ideia de cidade, a cidade de todos, Entidades como Federação Nacional dos Arquitetos, Federação Nacional dos Engenheiros, Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional assumem a tarefa de elaborar uma proposta de lei a ser incorporada na Constituição Federal, com o objetivo de modificar o perfil excludente das cidades brasileiras, marcadas pela precariedade das políticas públicas de saneamento, habitação, transporte e ocupação do solo urbano. Em 1986, o Movimento Nacional pela Reforma Urbana define o conceito da reforma urbana como uma nova ética social, que condena a cidade como fonte de lucros