Resenha critica

Resenha – Ri melhor quem não ri... (Marcos Bagno)

Bagno, formado em Letras, com doutorado em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP) e mestrado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Em Ri melhor quem não ri... Traz um complemento as suas publicações passadas diluindo ainda mais mistificações sobre as implicações sociais da língua. No seu texto o autor retoma ao tema tratado com grande importância em algumas de suas obras (Preconceito Linguístico – O que é, como se faz e uma mais antiga, A língua de Eulália) o preconceito linguístico. De maneira astuta Bagno dissolve esse pensamento mostrando sua verdadeira realidade (de um preconceito social) antes mascarada por crenças ilusionarias de superioridade de algumas sobre todas as outras pessoas, onde era erguido “um muro simbólico entre os grupos sociais” que ao longo da evolução do pensamento humano foram ao chão com a promulgação de leis. O que mais é frisado pelo doutor da língua é a falta de senso critico, onde as pessoas se enraízam a ideologias preconceituosas e limitadas, incapazes de perceber distúrbios interessantíssimos da funcionalidade da língua principalmente pelas transformações diversificadas que sofrem todas as línguas existentes passando por uma mesma “linha de criação”. O Mestre Bagno conclui sua obra alertando sobre a epidemia da cegueira que atingiu a cultura ocidental a impedindo de continuar sua evolução restringindo seu pensar a uma ideologia preconceituosa e limitada retirando a capacidade de perceber fenômenos indispensáveis para a base para muitas deduções da funcionalidade da língua. É possível afirmar que esta obra é um expoente máximo da técnica de Bagno, deixando o leitor impressionado com a forma trabalhada do seu texto. É sem duvidas uma perfeita obra para quem gosta de “quebrar” com seus limites e expandir suas fronteiras no mundo inovador e ainda desconhecido do