Resenha critica o caso dos exploradores de caverna

O caso jurídico narrado no livro descreve cinco votos da Suprema Corte, proferidos por seus membros ao analisar o caso, os quais exploram o feito de perspectivas factuais diferentes e sob princípios legais distintos. Fuller inspirou-se para a criação de seu caso fictício em dois casos reais, ambos os casos originou de homicídios praticados como forma de obter alimento para os sobreviventes á beira da morte pela fome. Percebe-se facilmente que os fatos que enriquecem a obra de Fuller o homicídio seguido de canibalismo, foram emprestados desses dois casos. O estado do desespero e a falta de esperança dos envolvidos. Não se esquece o autor, inclusive, de detalhar a participação da vitima, Whetmore, nas definições do processo de eleição daquele que seria sacrificado em beneficio da sobrevivência dos demais.
Em Maio de 4.229, os quatro réus, na companhia de Roger Whetmore adentraram o interior de uma caverna formada por pedras calcárias. Á entrada da caverna ocorreu um deslizamento, de tal maneira que bloquearam completamente a entrada da caverna. Os espeleologistas ao perceber sua situação aguardaram perto da entrada obstruída, até que o resgate pudesse remover todo o entulho que os impedia de sair da tal “prisão” subterrânea. Somente após trinta e dois dias depois que os espeleólogos entraram na caverna, o resgate foi obtido. No vigésimo dia de prisão na caverna, foi descoberto, uma maquina sem fio, capaz de enviar e receber mensagens. Assim foi instalado no campo de resgate, e a comunicação verbal foi estabelecida com os exploradores dentro da caverna. Os exploradores pediram para falar com os médicos, perguntaram se eles teriam condições de sobreviver por mais de dez dias consumindo carne do corpo de um deles? Nenhum dos médicos presentes se disponibilizou para responder a pergunta. Whetmore então, perguntou se havia entre os presentes um juiz, ou outro oficial do governo que pudesse responder a tal questão. Após isso, nenhuma mensagem foi recebida de dentro