Resenha critica sociologia
MEDICINA UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
SOCIOLOGIA
Desde o final dos anos sessenta, intensificou-se a polêmica sobre o caráter da doença. A partir destes anos, vive-se uma nova etapa de lutas sociais que colocam sob suspeita o modo dominante de resolver a satisfação das necessidades das massas trabalhadoras. Inicia-se, então, uma crítica que procura formular uma compreensão diferente dos problemas, mais de acordo com os interesses populares e capaz de dar origem a práticas sociais novas. Encontra-se dificuldade de gerar conhecimento que permita a compreensão dos principais problemas de saúde que afligem os países industrializados, isto é, as enfermidades cardiovasculares e os tumores malignos. Além disso, a medicina clínica não oferece solução satisfatória para a melhoria das condições de saúde da coletividade, fato que se demonstra na estagnação dessas condições em grandes grupos, ou sua franca deterioração em outros.
A doença tem caráter histórico e social, porém a natureza social da doença não se verifica no caso clínico, mas no modo característico de adoecer e morrer nos grupos humanos. As sociedades que diferem em seu grau de desenvolvimento e organização social devem apresentar uma patologia coletiva diferente. Finalmente, dentro de uma mesma sociedade, as classes que a compõem mostrarão condições de saúde distintas. O artigo relata diferentes pesquisas realizadas para comprovar como diferentes doenças afetam as diferentes classes da mesma sociedade. A autora do texto em questão realizou estudos nos EUA, México e Cuba. As diferentes nações apresentaram diferentes resultados sobre as pesquisas. No México, por exemplo, houve mudanças no perfil patológico em relação aos tipos de patologia e a frequência com que se apresenta. No período estudado houve diminuição nas doenças infecciosas e aumento absoluto nas taxas das doenças do coração, dos tumores malignos, das doenças do sistema nervoso central, do diabetes e dos acidentes. Os