Resenha Critica Missão e Visão Organizacional
O artigo do pós-graduando da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Marcelo Antoniazzi Porto, trata de forma sucinta e, concomitantemente, estruturada a dissidência entre duas questões pelas quais toda e qualquer organização passa ao se autodescrever e determinar em sua respectiva fatia de mercado – seja no momento da sua inserção ou reelaboração na mesma –, a saber, missão e visão.
Muitas empresas, ao tentar atrelar suas ideologias e crenças aos alicerces do seu plano estratégico, tendem a difundir a tênue linha que separa a missão da visão da companhia. Não obstante, tais práticas acabam – quando instituídas adequadamente – por permanecer no jazido abstrato, sendo levadas ao esquecimento no momento da prática empresarial.
Primeiramente, se faz crucial, para um bom embasamento sólido do texto, uma visão geral introdutória do que é exatamente relatado no artigo: dois conceitos diversas vezes confundidos, e, comumente, tomados por sinônimos, quando, na verdade, são veementemente distintos e importantes – atidos a suas peculiaridades – aos que se permitem alçar e compreender seus respectivos desígnios.
[Missão] é “avançar a capacidade do homem para explorar os céus”. Visão é “um homem na lua ao final dos anos 60”. (SENGE, 1990, p. 149)
Para estabelecer a missão de uma empresa, o autor ressalta dois aspectos básicos como essenciais para a concepção da mesma: o propósito básico da organização – seus clientes externos – e os valores que esta se disporia a acrescentar a tudo que a ela se vincula.
“Uma missão é um propósito que integra a variedade de papéis que um sistema desempenha” (ACKOFF, 1981, p. 107).
Já a visão é circunscrita às particularidades de cada empresa. Portanto, não cabe ao autor fornecer a fórmula exata, mas sim, um conjunto de orientações que poderá auxiliar na concepção da mesma. De um modo geral, a visão deve retratar um “estado futuro” da