Resenha Critica Filme HANNAH ARENDT
O filme “Hannah Arendt”, lançado em 2012 e dirigido por Margarethe Von Trotta, relata a polêmica criada em torno das impressões de Hannah Arendt sobre o julgamento do nazista e ex-oficial SS, Adolf Eichmann, realizado em Jerusalém, Israel. Hannah Arendt, alemã de origem judaica e filósofa de grande influência do século XX, fora discípula e amante do filósofo e professor na Universidade de Marburg, Martin Heidegger, que se revelou nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Após a tomada do poder por Adolf Hittler em 1933, Arendt deixa a Alemanha e emigra para Paris, França. Em 10 de agosto de 1940, os alemães invadiram a França e a filósofa judia e seu marido ex-comunista Heinrich Blüche foram presos. Hannah foi enviada para o campo de internação de Gurs, onde permaneceu até 1941, quando então conseguiu fugir para os Estados Unidos de posse de um visto e se manteve apátrida por 12 anos até naturalizar-se americana. Em Nova York, lecionou na universidade “New School for Social Research”. Escreveu um dos mais importantes livros do século XX intitulado “As Origens do Totalitarismo”, que trata de uma descrição e análise de dois movimentos totalitaristas: o nazismo e o stalinismo.
O filme se inicia com a cena em que Adolf Eichmann, chefe do órgão responsável por toda a logística relacionada ao transporte de pessoas para os campos de concentração, é capturado pelo Mossad (Serviço Secreto do governo de Israel), na Argentina. Após a Segunda Guerra Mundial, Eichmann havia fugido para Buenos Aires, através da rota de espionagem Ratline, em um navio italiano, com um passaporte falsificado obtido junto à Cruz Vermelha.
Ao tomar conhecimento pelos noticiários americanos de que Eichmann seria julgado em Jerusalém, Hannah encaminha carta para a renomada revista The New Yorker manifestando seu interesse em cobrir o referido julgamento, sob o argumento de ter perdido a oportunidade de assistir ao julgamento de Nuremberg e nunca ter