Resenha Critica Doencas Emergentes e Reemergentes
O artigo: Saúde e Ambiente: As Doenças Emergentes no Brasil (PIGNATTI, 2003, paginas) da professora de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso trás informações a respeito da dinâmica de determinadas doenças chamadas de emergentes como produtos das relações humanas com o ambiente em que vivem ao longo dos séculos. A autora explana brevemente a respeito da teoria miasmática no sec. XIX que acreditava que as doenças provinham dos acúmulos de dejetos, sendo essa mais tarde substituída pelo conceito de unicausalidade e a descoberta do micróbio. Já no sec. XX a ecologia vem a firma-se como teoria onde existe uma interação entre agente e hospedeiro ocorrendo em ambientes diversos: físico; biológico e social. Esta e a teoria da multicausalidade que passa a incorporar o social de maneira quantificável em um mesmo nível que o individual. Nesse novo modelo a base centra-se na analise histórico-estrutural da sociedade que por fim acaba por auxiliar uma analise mais critica e complexa das doenças. Nos anos 80, retoma-se a concepção da doença e seu ambiente procurando estabelecer causa-efeito com seus fatores de riscos. Importante citar que a autora ressalta o quão equivocada estava à previsão de que a medicina erradicaria as doenças infecciosas, pois doenças como malária, hepatite, tuberculose entre outras continuam sendo responsáveis por inúmeros óbitos em locais onde estas patologias já encontravam-se em declínio. O homem, passa a controlar as doenças infecciosas com a redução da mortalidade em contra partida as doenças crônico-degenerativas dominam a paisagem nosologica precisando assim que o homem passe a ter um olhar transdisciplinar sobre as doenças.
Os textos Doenças negligenciadas: estratégias do Ministério da Saúde (2010;44 (1):200-2) e Internalização de Farmoquimicos e Medicamentos para Doenças Tropicais Negligenciadas: Proposta de Interação Entre Governo – Universidade