Resenha critica do filme ensaio sobre a cegueira
862 palavras
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"Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso." José Saramago (1922-2010), autor nascido em Portugal comentando sua obra Ensaio sobre a cegueira (1995) que posteriormente dera origem ao filme com mesmo nome, que comentaremos – tendo como base os capítulos 4 e 6 do livro Invitation to Sociology: A Humanistic Perspective (1963)Berger, Peter , nome original da obra traduzida para o português como Perspectivas sociológicas.. Já no início do filme concluímos que alguns cidadãos são oportunistas, e tiram proveito da incapacidade do outro. Na ocasião, no princípio da epidemia, um homem fica cego em meio a uma movimentada avenida. Com o sinal verde, incapaz de retirar o veículo, entrega-o à um cidadão que predispõe-se a ajudar. Chegando em casa, encontra-se com sua esposa, que desesperada pega sua chave a fim de leva-lo ao hospital. Ela chega ao hospital, não com o carro próprio, mas de táxi, pois o carro fora roubado por um estranho que dispôs-se a levar o marido pra casa, e que mais tarde, também é infectado com a “cegueira branca”. O médico que atendera o paciente com uma cegueira repentina e inexplicável – já que os olhos encontram-se normais – também é afetado, e dissipa a situação para o governo, dizendo que a cegueira é transmissível e que deve-se – de alguma forma – evitar a “contaminação” de outros cidadãos. Ele tenta manter sua esposa a distância, com medo de que ela seja infectada, mas ela recusa tal cuidado e oferece apoio e auxílio ao marido. Logo, grande parte da população é contaminada com a “cegueira branca”, e como solução, até que se descubra a causa da doença, o governo transfere os infectados