Resenha: como se faz um processo
O interesse do publico pelos processos, principalmente pelos penais, mas também pelos cíveis, sempre existiu, talvez com os estímulos da imprensa e da rotogravura, esse interesse tenha chegado ao apogeu.
O drama, que é um grotesco contraste de forças, de interesses, de sentimentos e de paixões. Produz-se, então, espécies de fuga da própria vida, em virtude de que o espectador de identifica com os atores do drama, e ate com um só deles, uma vez que cada qual acaba por adotar seu herói. Ate agora surgiu uma analogia entre a Corte de Assises e o teatro. Deve-se também ter presente a diferença. No teatro se a ficção cênica consegue seu objetivo, possibilitando inclusive, a ilusão desaparece. O contrário deveria ocorrer nas competições esportivas, e assim ocorria, por certo no Circo Maximo, quando um dos gladiadores punha nisso a vida. Entretanto, as recentes aventuras da trigésima sétima Volta da Itália despertaram, em mais de um, a suspeita de que nem todos os corredores, sobretudo os prediletos do publico, o teriam feito com seriedade.
A comparação que até agora sustentei entre o processo e a representação cênica ou o jogo desportivo não a inventei certamente: mais de uma vez, pelo contrario, falaram dela filósofos, sociólogos e juristas. Precisamente não faz muito, este foi o argumento de um dialogo entre CALAMANDREI, um os meus perspicazes colegas italianos, e mim.
Um traço comum, entre a representação e ao processo e que cada um deles tem suas leis, mas se o publico que assiste a uma ou ao outro, não as conhece, não entende nada. Se as regras não são justas, também os resultados da representação ou do processo correm risco de não serem justo. Quando a aposta é a propriedade OUA liberdade, ameaça ao mundo que necessita de paz para fazer seu percurso, mas a paz tem necessidade de justiça, como o homem de oxigênio para respirar. Precisamente as regras do jogo não tem outra razão de ser que garantir a vitória a quem a tenha merecido; e necessário é