Resenha com aspectos sociológicos acerca de Babel
Faculdade de Direito – FD
Sociologia Geral – Professor: Robson
Aluno: Antônio Cruz Neto Turma 115 Noturno
Resenha do Filme Babel Babel em hebraico significa “confusão”. Não haveria título melhor para nomear o filme dirigido por Alejandro González. Talvez porque, embora o filme possua um conteúdo implícito tão rico quanto a globalização, toda a narrativa ainda se baseia em uma pequena confusão que gera durante seus 143 minutos de projeção uma série de desventuras que mesmo não se tratando da empreitada bíblica, não é pois, menos grandiosa. O filme tem início, não cronologicamente idêntico ao da narrativa, com um grupo de pessoas que habitam uma região montanhosa em algum lugar do Oriente Médio. O patriarca da família Abdullah compra um rifle com o intuito de matar os chacais que ameaçam suas cabras. Para isso, dá a posse do rifle aos seus filhos, dois garotos que embora tenham a aparência de crianças, retratam a dificuldade de se viver naquela região, com roupas, condições físicas e responsabilidades não próprias a crianças de acordo com padrões dos órgãos internacionais de proteção a dignidade humana. A partir então, ao ter posse do rifle, as crianças usam este de forma inapropriada, atirando em um ônibus, e então a cadeia de eventos inicia-se. Como esta resenha não tem por finalidades a exposição qualificativa apenas do filme, mas também deve relaciona-lo aos aspectos teóricos sociológicos, deve se ter em mente que não haverá exposição teórica, mas correlação que subentende a pré-compreensão dos aspectos teóricos de alguns postulados de Boaventura de Sousa Santos e de Kathryn Woodward. A globalização é um fenômeno multifacetado que se estende as esferas econômica, social, política e cultural. Para se analisar corretamente estas esferas é preciso que estas sejam vistas como complementares sem que haja necessariamente uma ordem de importância. Em um primeiro momento o filme se relaciona com esse fenômeno no momento em