RESENHA CASO ESCOLA BASE
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Resenha: Caso Escola Base
Quando casos de abuso sexual são expostos através da mídia sempre causam muita revolta, principalmente quando envolvem crianças. E é por isso que os jornalistas precisam ter cuidado redobrado ao cobrir investigações sobre este tipo de crime, pois as consequências podem ser devastadoras e irreversíveis,como foi no cado da escola Base.
Em março de 1994 duas mães denunciaram os donos de uma escola infantil no bairro da Aclimação, em São Paulo, um motorista do transporte escolar e um casal de pais de um aluno por abuso sexual. A acusação foi aceita pelo delegado de polícia Edélcio Lemos e noticiado como furo de reportagem pela TV Globo. A escola e a casa de uma das professoras, sócia da instituição de ensino, foram invadidas e depredadas. Quando foram à delegacia para obter os detalhes da acusação, os donos da escola sofreram com o abuso das autoridades, que exerceram assédio moral e sexual sobre os acusados. Além dos donos da escola, Icushiro e Aparecida Shimada, e dos sócios Maurício Alvarenga e Paula Milhin, a Polícia também acusou os pais de um aluno da Escola Base de que haveriam recebido as crianças na casa deles para fotografar supostos momentos de envolvimento sexual. Chegou-se a noticiar que, antes de praticar ações perversas, os quatro sócios cuidavam de drogar as crianças e fotografá-las nuas. "Kombi era motel na escolinha do sexo”, estampou o extinto jornal Notícias Populares, editado pelo Grupo Folha. "Perua escolar carregava crianças para a orgia”, manchetou a também extinta Folha da Tarde. No entanto, as acusações logo ruíram e todos os indícios foram apontados como inverídicos e infundados. Sem provas, o inquérito policial foi arquivado. O que houve foi uma demonstração de ampla indução das mães das crianças e de todos os profissionais envolvidos no caso. Mesmo assim, a história nunca foi desmentida. A vida dos seis acusados nunca mais foi a mesma.