Resenha - Casa-Grande e senzala - Gilberto Freyre.
Nome: Emanuel Pereira.
No Prefacio do livro Casa Grande e Senzala, Gilberto Freyre tem o propósito de explicitar de modo mais ou menos resumido as abordagens temáticas que o livro percorrerá para elucidar e demostrar o desenvolvimento da sociedade do território e do Estado brasileiro, dando uma ideia geral do plano e do método do ensaio que se segue. Primeiramente ele começa relatando as viagens feitas pelo mundo até que desembarca na Bahia onde se depara com uma cultura patriarcal de hábitos, culinária e arquitetura peculiares somente dessa região e que no livro são eminentes para o entendimento do conteúdo, já que a região nordeste foi a mais impactada com o modelo patriarcal, clientelista e fundiário. Nesse contexto, Gilberto começa relatando a relação entre os senhores de terra e os seus subordinados, logo se entra na questão escravocrata e de subserviência e assim na faceta das raças, na qual o branco era o colonizador português sendo o senhor, e o negro e índio os subordinados. No entanto, a mão de obra predominante era a africana, já que o índio não tinha uma cultura e hábito voltado para um trabalho exaustivo dos engenhos de açúcar e da monocultura. É importante ressaltar o efeito desse contato constante entre raças tão divergentes que é a miscigenação, um dos principais focos do livro; Freyre argumenta que os colonizadores europeus tiveram que transigir com índios e africanos, apesar de vencedores no sentido militar e técnico, quanto as relações genéticas e sociais. A escassez de mulheres brancas criou zonas de confraternização entre vencedores e vencidos, entre senhores e escravos. A miscigenação que largamente se praticou corrigiu um pouco a distancia social, "inaugurando" o mito da democracia racial. Outro tema de bastante pertinência demostrado no prefacio era sobre as características da conjuntura da sociedade brasileira marcada basicamente por uma estrutura ruralista, no qual as relações se