Resenha capítulos II-V; VII Segundo tratado sobre o governo civil
LOCKE, John. Segundo Tratado Sobre o Governo Civil. Capítulos II – V, VII. Coleção Clássicos do Pensamento Político. 3 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2001. John Locke foi um importante filósofo inglês do século XVII considerado um dos principais teóricos do contrato social. Quando começou a se interessar por assuntos políticos, Locke inicialmente defendeu a necessidade de uma estrutura de governo centralizada que impedisse a desordem no interior da sociedade. Sua visão conservadora e autoritária se estendia também ao campo da religiosidade, ele acreditava que o monarca deveria interferir nas opções religiosas de seus súditos. Entretanto, seu interesse pelo campo da filosofia foi aos poucos modificando sua opiniões. Um dos pontos fundamentais de seu pensamento político se transformou sensivelmente quando o intelectual passou a questionar a legitimidade do direito divino dos reis. Locke abordou este assunto em sua obra intitulada “Dois Tratados Sobre o Governo” publicada nos finais do século XVII. Em seu Segundo Tratado, Locke expõe sua teoria do Pacto Social, como fundar um governo civil que defenda os principais direitos de seus cidadãos: a liberdade, a propriedade e a igualdade. Desse modo, busca derrubar de forma definitiva o inatismo absolutista do cientista político sir. Robert Filmer, cuja tese ele já havia começado a refutar em seu Primeiro Tratado. No capítulo II, Locke aborda a questão da condição natural dos homens, esta é vista por ele como um pré-requisito para entender corretamente o poder político. A condição natural engloba um estado de liberdade, onde todos são totalmente “livres para decidir suas ações, dispor de seus bens e de suas pessoas como bem entenderem, dentro dos limites do direito natural, sem pedir a autorização de nenhum outro homem nem depender de sua vontade.” (2001, p. 83), assim como a igualdade, pois dispondo das mesmas faculdades e vantagens comuns da