Resenha capítulos 1 e 2 do livro A preparação do ator
Aluno: Diego Alerrandro Gonçalves Pereira da Silva Pires
Nesses dois primeiros capítulos do livro, Stanislavski apresenta conceitos básicos para a arte da interpretação. Os quais o ator deve compreender e utilizar sempre em seu trabalho para que jamais fuja do objetivo da arte, que é seu trabalho. Pontua primeiramente a grandiosa necessidade de pontualidade e compromisso do ator para com seu grupo. Pois o trabalho de um elenco inteiro pode ser atrapalhado devido à falta de compromisso de apenas um ator. Principalmente tratando-se de teatro, que é o enfoque do livro, o trabalho é sempre em grupo e todos dependem entre si uns dos outros. Após isso se começa a descrever uma série de problemas enfrentados por atores amadores ao tentar interpretar um personagem. Há oscilações na arte inspiradora: ora se está inspirado e sentindo como se realmente fosse o personagem, ora está aflito e sentindo que o texto está simplesmente saindo da boca sem sentido algum. Coloca-se ainda que tudo pode ser motivo para essas oscilações: falta de cenário, falta de figurino, o vocabulário do personagem, entre outras coisas. No entanto Stanislavski faz algumas considerações que sugerem a existência de diferentes formas de atuar e propõe que em uma delas o ator está “acobertado” para tais conflitos internos e até para críticas externas, uma vez que essa forma definiria a arte da interpretação. Então ele propõe que o “dom” para a interpretação genuína, quando se “vive um personagem”, está no nosso inconsciente. Portanto só realmente “vivemos o papel” quando estimulamos nosso inconsciente a criar e nos fornecer tal virtude. Todavia para isso é necessário induzir nosso inconsciente com cuidado para não inibi-lo e perdermos a arte criadora. Dessa forma é sugerido que se planeje o papel conscientemente e o representemos com veracidade, sendo naturalista e realistas e a partir de então quanto mais momentos conscientemente