Resenha - Capitães da Areia
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Da Autoria: AMADO, Jorge. Radicado desde 1930 no Rio de Janeiro, Amado estudou direito e estreou logo a seguir em livro, publicando com notável regularidade os romances de sua primeira fase, todos marcados pela técnica do realismo socialista: O país do carnaval (1932), Cacau (1933), Suor (1934), Jubiabá (1935), Mar morto (1936), Capitães de areia (1937), Terras do sem fim (1942), São Jorge dos Ilhéus (1944), Seara vermelha (1946), Os subterrâneos da liberdade (1952). Ora surge nesses livros o drama vivido nas plantações de cacau do sul da Bahia, ora, na cidade de Salvador, a vida da infância abandonada, do proletariado, dos saveiristas, dos negros e marginalizados, com os conflitos e injustiças sociais em destaque.
Data de Gabriela, cravo e canela (1958), o início da segunda fase de sua obra, caracterizada pelo tratamento satírico e humorístico dos textos, sem prejuízo das intenções de crítica social. Seguiram-se, na mesma linha, obras sempre muito bem recebidas, como Os velhos marinheiros (1961), Os pastores da noite (1964), Dona Flor e seus dois maridos (1966), Tenda dos milagres (1969), Teresa Batista cansada de guerra (1973), Tieta do Agreste (1977), Farda, fardão, camisola de dormir (1979), Tocaia grande -- a faca obscura (1984), O sumiço da santa (1988).
Ao completar oitenta anos, em 1992, publicou o "romance autobiográfico" Navegação de cabotagem. Um grupo à parte na volumosa produção do escritor, um dos mais lidos de toda a história literária brasileira, é constituído por obras de circunstância, como o relato de viagem O mundo da paz (1950) e o guia de Salvador Bahia de todos os santos (1945), ou obras fortemente marcadas por seu engajamento político como O cavaleiro da esperança (1945), biografia romanceada de Luís Carlos Prestes, e ABC de Castro Alves (1941), outro romance biográfico. Traduzido para mais de