Resenha capitulo 6 do livro o cidadão contra a cidade ideal - mumford
Arquitetura e Urbanismo
História da Arquitetura e Urbanismo I
Ramon Lima Bastos Fernandes
A Cidade na História
Resenha : Capítulo VI - O cidadão contra a cidade ideal
Lewis Mumford
Juiz de Fora
11/04/2012
1 – Cidade e Cidadão
Lewis faz uma comparação entre a cidade física (construções) e a cidade “invisível” (a ideologia de uma cidade ideal para todos). O aspecto de ordem que conhecemos de Atenas, por exemplo, só se concretizou no fim do período Helenístico, antes disso a cidade era mais orgânica, refletia a confusão da mente humana da época.
Para conseguir tal feito, os gregos introduziram na cidade um elemento chave, o Cidadão livre.
2 – A forma da cidade Helênica Aqui o autor nos fala sobre a estrutura da Acrópole, em suas ruas estreitas e sinuosas era fácil de se perder, isso era usado como uma defesa contra invasões inimigas. O saneamento básico era muito precário, como a peça Ecclesia-Suzae relata em um de seus trechos, um homem esvaziava seu ventre ao ar livre, perto do Pireu. Tal fato nos mostra a “falta de importância” que era dada à prática de certas atividades corporais.
3 – A pólis encarnada
Nesse trecho é analisado o cidadão, não suas posses materiais, mas sim pela sua identidade, seus direitos e deveres para com a sociedade. Mumford cita as idéias e aspirações de vários filósofos como Platão, Sólon e Sófocles e nos explica por que a idéia grega de cidade ideal, que integra bondade e beleza que floresceu durante a Guerra Pérsica nunca se concretizou, pois o que tomou o lugar dessa idéia foi a Cidade Helenística, organizada, sanitária, porém muito inferior na capacidade de promover a atividade criadora.
4 – Regressão á Utopia
A utopia citada pelo autor é a criação de uma cidade perfeita com cidadãos perfeitos. Como as cidades cresciam rapidamente, as montanhas, que antigamente escondiam-nas dos inimigos e serviam de muralhas, já não conseguiam desempenhar esse papel.