Resenha Cap. V - Sociedade do Espetáculo
Capítulo V
Tempo e História
Guy Debord
No quinto capítulo do Livro ‘‘A Sociedade do Espetáculo’’, denominado ‘‘Tempo e História’’, Debord faz uma relação entre ambos, apresentando o homem como um ser semelhante ao tempo, onde sua natureza se confunde com o desenvolvimento do universo. O tempo se manifesta inconscientemente e torna-se verdadeiro na consciência histórica. Já o homem diante do tempo é visto como se estivesse diante de um espelho, refletindo sua própria imagem. Debord nos apresenta também três formas de tempo, sendo o tempo cíclico, o tempo irreversível e o tempo particular. A sociedade modelava-se de acordo com o tempo cíclico, em que o homem ao conhecer o seu tempo histórico, o negava. Enxergavam no tempo o retorno constante do passado, baseando-se em uma sociedade estática que vivia sem conflitos nem mudanças no decorrer das passagens. Dessa forma, era visto como o tempo da ilusão imóvel, do presente contínuo. O tempo traz o desenvolvimento humano, em uma sociedade de classes, onde os donos da história são aqueles que detêm o conhecimento, motivando a concepção do poder político. Por sua vez, o poder político tira as gerações de uma esfera pura, cíclica e natural, e leva para uma esfera ampla e ao conhecimento. Neste instante o tempo dominante é o tempo irreversível. Unificado mundialmente com o desenvolvimento do capitalismo, tempo do mercado mundial. Já o tempo geral da sociedade se baseia nos interesses que a constituem, no tempo particular. Com a vitória da burguesia, rompe-se o tempo cíclico, e efetiva-se o tempo irreversível ‘’o tempo das coisas’’. A sociedade é transformada de modo absoluto e permanente. Elimina-se o tempo vivido, e criam-se expectativas