Resenha Cap. 1,2 e 3 "O capital - Karl Marx"
A mercadoria, também definida como cada bem útil, por exemplo, o papel, é
objeto de estudo do primeiro capítulo do livro. A quantidade determina o valor
do uso, que é realizado no uso ou no consumo. Gramas de ouro, litros de
vinho, etc. O valor de uso, para tanto, constitui-se como portador material do
valor de troca.
Por sua vez, encontra-se no valor de troca uma relação quantitativa que
segue uma regra simples, porém mutável no tempo e no espaço: Valores de
uma espécie são proporcionalmente transacionados por valores de uso de
outra espécie. Como exemplo, troca-se um fardo de arroz por uma arroba de
carne bovina. Assim, tem-se na relação quantitativa um fator que permite a
multiplicidade da troca, nos mais diversos valores e proporções.
Ao subtrair-se o valor de uso da massa das mercadorias, encontra-se como
resultado o trabalho humano necessário para criá-las, cultivá-las, fabricá-
las, moldá-las, etc. Assim, o trabalho humano, seja concreto ou abstrato, é
responsável e proprietário dessas mercadorias. Nesse sentido, o trabalho
humano está contido no valor de uso ou no valor de um bem. Essa grandeza
pode ser medida pelo tempo de duração desse trabalho, fracionada em horas,
dias, meses, anos, décadas, entre outras formas de medição.
Ao analisar o supramencionado, chega-se a conclusão de que o valor
das coisas é medido pela quantidade de trabalho despendida para a sua
produção. Esse trabalho nada mais é que fruto das forças laborais individuais,
caracterizadas como forças médias de trabalho social, consumidas para a
produção de um bem ou mercadoria o tempo de trabalho social e o grau social
médio de habilidade de intensidade de trabalho.
Quando há mudança na força produtiva de trabalho, circunstanciada por
diversos fatores, há também uma alteração no tempo de trabalho socialmente
necessário. Essa relação