Resenha. canclini, néstor garcía. leitores, espectadores e internautas. tradução de ana goldberger. são paulo: iluminuras, 2008. 96p.

853 palavras 4 páginas
Néstor García Canclini (Argentina, 1939) é Doutor em Filosofia pelas universidades de París e la Plata. Recebeu o título de pesquisador emérito do Sistema Nacional de Pesquisadores do México e, em uma de suas obras intitulada Culturas Híbridas, recebeu o prêmio literário Book Award, concedido pelo Latin American Studies Associatian, por ter sido considerado o livro do ano em 2002 sobre a América Latina. Atualmente estuda a relação entre a estética, a arte, antropologia, estratégias criativas e redes culturais da juventude.
O livro Leitores, espectadores e internautas, publicado no Brasil em 2008 pela Iluminuras em parceria com o Observatório Itaú Cultural, faz parte da primeira coleção “Os livros do Observatório” e é beneficiário da Lei de incentivo à Cultura do Ministério Público, podendo ser obtido, além da versão impressa a papel, gratuitamente na internet na página do Observatório Itaú cultural.
Néstor García Canclini traz nesta publicação artigos dispostos em ordem alfabética, podendo o leitor transitar livremente por eles sem interferir na compreensão do texto. O livro tem como tema os novos hábitos culturais surgidos com o avanço das tecnologias de comunicação e entretenimento, e nossas respostas frente a eles como leitores, espectadores e internautas. Através de provocações, o autor nos incentiva a pensar sobre nossos “novos hábitos culturais”, colocando mais questões a serem respondidas do que conceitos estabelecidos, como num fragmento de Leitores, onde questiona as campanhas de incentivo a leitura: “Por que as campanhas de incentivo à leitura são feitas só com livros e tantas bibliotecas incluem somente impressos em papel?” (p.56), abrindo assim a discussão da necessidade de reformulação das políticas culturais publicas, sendo que atualmente somos leitores de revistas, quadrinhos, jornais, legendas, catazes, blogs…
A explicação para essa forma de questionar as ações frente ao que nos é imposto e uma continuação ao parágrafo anterior ganha maior

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