RESENHA: CABRAL, Mario. Roteiro de Aracaju: Guia Sentimental da Cidade

CABRAL, Mario. Roteiro de Aracaju: Guia Sentimental da Cidade. Aracaju: Regina, 1948

Mario Araujo de Cabral, sergipano, da capital Aracaju e sendo a ela muito apegado, nasceu em 26 de março de 1914, falecendo a 26 de abril de 2009. Filho de Maria e Antônio Cabral, casou-se com Sylla, resultando em 3 filhos: Malba, Selma e Mário Filho. Estudou em diversos colégios em sua formação, sendo em maioria um péssimo aluno. Foi advogado, professor, político (prefeito de Aracaju), crítico literário, escritor (poeta, romancista, cronista), diretor de teatro em Salvador e membro da Academia Sergipana De Letras. Teve vários de seus artigos publicados em jornais e revistas da Bahia, Sergipe, entre outros estados. Suas principais obras são Caderno de Crítica em 1944, com 2ª edição em 1945; Confissão; Cidade Morta; Evolução do Romance, Espelho do Tempo, Juízo Final e Roteiro de Aracaju.
Roteiro de Aracaju: Guia Sentimental da Cidade é uma grande de prova de afeto que Mario Cabral tem à sua terra natal Aracaju. Convida-nos a conhecer, ver, experimentar, provar, gozar da sua querida e amada cidade do Aracaju do ano de 1948, – assim chamada de acordo com o artigo que a declara capital de Sergipe no ano de 1855 – apresentando sua composição em capítulos com detalhes. Sua opinião e visão em relação à cidade é constante, elogios, mas, também críticas são feitas.
É demonstrada por meio da escrita suas origens – nome de proveniência tupi, bem como sua fundação a partir da mudança da capital -, características ambientais (céu, praias, luz, agricultura) - levando em consideração que há um olhar apaixonado do autor, exorbitando adjetivos - e sua situação atual da época em âmbitos geográficos, podendo-se perceber significativa semelhança com o presente, mesmo após 66 anos. O homem sergipano é caracterizado como um defensor de Sergipe, trabalhador, baixinho (peculiaridade não presente nos dias de hoje). Tipos populares da época são citados, histórias de homens com hábitos anormais e que